O fim do motor VR6 da Volkswagen

O tão aclamado motor VR6 que todo amante de carros conhece infelizmente chegou ao seu fim depois de 34 anos de produção ele esta se despedindo.

O VR6 estava em linha desde 1990 e foram produzidos aproximadamente 1,87 milhão de unidades equipando vários modelos como Golf, Passat, Jetta, Fusca de nova geração e até mesmo modelos da Porsche como a Cayenne e alguns trailers da Mercedes.

O motor Volkswagen VR6 foi desenvolvido com uma arquitetura única que combinava elementos de motores em linha e em V, inspirando-se em conceitos adotados anteriormente pela italiana Lancia. Nesse projeto, as duas bancadas de cilindros eram integradas em um único bloco, com cilindros dispostos de forma intercalada e separados por um ângulo de apenas 15 graus. Em contraste, motores tradicionais em V apresentam bancadas mais afastadas, com ângulos que geralmente variam entre 45 e 90 graus, podendo ser ainda maiores em algumas configurações.

O nome VR6 deriva da junção do “V”, referente ao formato típico de motores com essa disposição (como V6, V8, etc.), com o “R”, que vem do termo alemão “Reihenmotor”, traduzido como “motor em linha”. Graças à sua construção compacta, o VR6 oferecia vantagens em termos de custo de produção e podia ser instalado em veículos menores, atendendo especialmente ao mercado norte-americano. Esses motores eram sempre montados de forma transversal, equipando carros com tração dianteira ou integral.

Durante suas mais de três décadas de produção, o motor VR6 foi fabricado em diferentes configurações. Inicialmente, havia versões com 2,8 litros (primeiro com 12 válvulas e depois com 24). Uma variante rara de 2,9 litros (sempre com 12 válvulas) também foi produzida. Posteriormente, surgiram versões de 3,2 e 3,6 litros, além de uma recente versão turbo de 2,5 litros desenvolvida para o mercado chinês. A partir de 1999, a Volkswagen passou a adotar configurações com quatro válvulas por cilindro nas versões mais modernas desse motor.

Entre 1997 e 2006, a Volkswagen também produziu o motor VR5, que seguia o mesmo conceito compacto e inovador do VR6, mas com a remoção de um cilindro, resultando em uma configuração de cinco cilindros. Além disso, o conceito VR serviu de base para o desenvolvimento de motores ainda mais avançados, como o W12 e o W16.

O motor W12 utilizava duas bancadas VR6 combinadas em um único bloco, formando um design compacto, ideal para veículos de alta performance e luxo, como o Audi A8 e o Volkswagen Phaeton. Já o motor W16, uma evolução ainda mais sofisticada, ficou famoso por equipar o icônico Bugatti Veyron, marcando um marco na engenharia automotiva com sua capacidade de entregar potências extremas em um formato relativamente compacto. Essas variações do conceito VR demonstram sua versatilidade e importância na história dos motores da Volkswagen.

O tão aclamado motor VR6 que todo amante de carros conhece infelizmente chegou ao seu fim depois de 34 anos de produção ele esta se despedindo.

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